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Participantes do Curso de Formação de Escritores publicam coletâneas com seus textos

Uma das marcas do Curso de Formação de Escritores são as coletâneas realizadas entre os participantes, sem custo para estes, que funcionam como um belo laboratório para que se conheça o funcionamento dos processos de edição, comercialização e envio de livros.

Em 2021 já foram lançadas quatro coletâneas, Autoficção – contos inspirados em fatos reais, De volta para os anos 80 e Poesia numa hora dessas? e Contos Reunidos.


 

Autoficção desafia autores de todo o país a escrever episódios de suas vidas de forma ficcionalizada, ou seja, misturando ficção e realidade. O que é real e o que não é? Bom, isso fica na imaginação do leitor. Dentre os autores, todos alunos do Curso de Formação de Escritores, pessoas do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e por aí vai. Um fato inédito dentro da Metamorfose e que ocorreu nesse livro foi a publicação pós-morte. Cris Gomes, autora do conto “Éramos” faleceu no dia 27 de junho de 2021, de causas naturais, antes da coletânea ser publicada.

Poesia numa hora dessas? traz poesias sobre 2020, o ano da Covid, do distanciamento social, das queimadas recordes, mais um ano de intolerância, racismo, feminicídio. Um ano de esperança e luta, pesar e força. Aqui, em versos medidos ou não, em ritmos acentuados ou correndo lentos como rio, os poemas fluem em suas linguagens paralelas numa mesma direção, o presente. São escritas do nosso tempo, não enleadas ao passado ou ao futuro; estão no aqui e dizem do que sentem hoje. Sem também se tornarem ledo reflexo de uma realidade, os poemas libertam os pássaros contidos do afeto.

De volta para os anos 80 propõe uma viagem ficcional no tempo, com histórias que se passam na chamada década perdida, mas que na verdade foi a década das Diretas Já, da queda do Muro de Berlim, do surgimento do videogame, de filmes e músicas inesquecíveis. Época do descobrimento da AIDS, de luta contra preconceitos, tempo em que se enviava e se recebia cartas escritas à mão e se usava fichas para falar em um orelhão.

Contos Reunidos pretensiosamente homenageia o mestre Machado de Assis, em uma coletânea em que novos autores de todo o Brasil mostram a vitalidade e a permanência do gênero, dialongando com a tradição mas trazendo temáticas e estéticas próprias do nosso tempo.


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